domingo, 10 de junho de 2007

Nevoeiro

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer

-Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.

(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!


É triste quando percebemos, que se Portugal em Pessoa era nevoeiro, continua a sê-lo, mas este nevoeiro cada vez mais cerrado, e torna-se impossivel visualizar um futuro.
E o problema continua a ser o mesmo, ninguem sabe que coisa quer...e porque? Porque se aceita a lei do conformismo...e porque todos se queixam mas ninguém faz nada, e em coisas simples da vida, tudo se aceita, e só depois se discute o que está mal...

Hoje é mais uma vez dia de Portugal...e o que se faz?? Recordar o passado glorioso de um povo que já morreu...E continuamos a viver de memórias.

É a hora!!! É pena é Portugal ter perdido todos os relógios.

1 comentário:

Sr. Jeremias disse...

Eu sei quem faz cá falta...