terça-feira, 19 de junho de 2007

Talvez um dia

Talvez um dia.
Não tarde, nem demasiadamente cedo, apenas na hora certa.
Talvez um dia, deixe de ter esta mania irritante de escrever palavras que nem sei o que são.
Talvez um dia perceba, que amontoados de papel em caixas de cartão não transformam, nem revolucionam.
Talvez um dia descubra que o que escrevo, não é mais do que aquilo que já não sei dizer.
Não são memórias, nem trajectos, tampouco diários duma vida contados ao segundo. São gritos, suspiros, muralhas talvez...
Peças do puzzle, que se tornou grande e confuso...e eu nem sequer tenho muito jeito para o montar. Rascunhos dos meus medos, das minhas aspirações, das avenidas perdidas, dos livros fechados, que penso nunca mais voltar abrir.
Por agora, vou caminhar e talvez um dia, quando tudo me parecer gasto e cansado, queime as palavras, junto com o cartão, e renasça tudo...para depois voar em pequeninos passos.

1 comentário:

Sr. Jeremias disse...

Palavras soltas que se vão juntando ás vezes em pedaços de papel... Soa-me familiar.

Acabo por perguntar também se existe um céu para os animaizinhos.

"as palavras é só bolinhas de sabão, parole parole parole"