Mais uma semana arrumada na gaveta. Deita.se fora a chave e a vida continua. Desces as escadas, já não contas os degraus. Sobes a rua, viras a direita. Contornas mais uma velhinha assassinada enquanto assobias o novo sucesso original, ou não, do grande tony. Mais uns passos, mais um olhar de desprezo ao mendigo das segundas-feiras de manhã da esquina ao fundo. Retiras do bolso o Olá já gasto de todos os dias e cumprimentas a custo a gorda do café. - uma bica e um copo de àgua. Já não sai o por favor, até porque a gorda está lá é para trabalhar e a boa educação já não te cabe no dicionário. Já cá fora, retiras o jornal debaixo do braço, soltando mais umas gotas de orgulho pelo sucesso do roubo das letras. Saltas a primeira página, a segunda... avanças até ao Desporto que mortes, assaltos, furacões e terrorismo já não tem nada de última hora. Ora bem, aqui está - o Glorioso até nem perdeu - e o dia tem tudo para correr pelo melhor. Está quase na hora da missa, que um pouco de devoção nunca faz mal a ninguém... e queira Deus que lá esteja o Manel para ir beber uns canecos e jogar uma sueca ao fim da tarde.
Trabalhar... isso é para quem deve à inteligencia, até porque o subsidio é uma miséria mas dá para cultivar a barriguinha.
Já se faz tarde o melhor é voltar para casa, a Maria já deve ter chegado... está na hora de jantar mas sem antes esquecer mais umas nódoas negras.
Boa noite... que amanhã será igual
Trabalhar... isso é para quem deve à inteligencia, até porque o subsidio é uma miséria mas dá para cultivar a barriguinha.
Já se faz tarde o melhor é voltar para casa, a Maria já deve ter chegado... está na hora de jantar mas sem antes esquecer mais umas nódoas negras.
Boa noite... que amanhã será igual
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