domingo, 30 de setembro de 2007

1000 à hora

A chuva chegou e com ela todas as pequeninas músicas. A minha televisão insiste em se encher de formigas assassinas da imagem e não me deixa ver nem sequer as chiquititas que já devem ter começado à imenso tempo. Sim para quem não sabe e acha extremamente infantil, eu vejo as chiquititas, e acho o máximo que mesmo sendo ficção exista alguém que resista e não ultrapasse a barreira do crescer. E gosto principalmente da cor e das 24 horas para sorrir. E eu sorrio também...
Os crescidos não sabem brincar, estão embrenhados numa especie de concha que lhes dita o que devem e o que não devem fazer. "é mau andar à chuva", "não podes rebolar assim pela relva", e porque? Quem estabeleceu as regras? Será que já pararam um momento sequer para sentir as gotas a atravessarem o corpo, para pisar as poças até ficarem encharcados? Já experimentaram a liberdade... as gargalhadas? Eu cá acho que não, porque duvido até que saibam rir sequer. Fazem algo parecido com isso, mas seguindo o estúpido manual para sorrir, e até elaboram sorrisos diferentes para pessoas diferentes, em situações diferentes. É isso ser adulto? Afundar.se nas muralhas de papéis e seguir os regulamentos, que um dia alguem achou serem os certos?
Preocupam.se demasiado com a ovelha, porque não a conseguem desenhar dentro da caixa pequenina.
E depois deixam de conseguir brincar. Porque só vem chapéus... e os elefantes dentro das serpentes são demasiado elaborados para os seus pequeninos cerebros.



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