Interessante...
Depois de 2 investidas...os dois livros mais proximos tinham 121 e 97 páginas respectivamente.
O terceiro... Sr Jeremias, aqui vai:
"E eu que era neste mundo uma vencida,
Ergo a cabeça ao alto, encaro o Sol!
- Àguia real apontas-me a subida!"
Florbela Espanca Sonetos "Eh Hum não querer mais que bem querer"
terça-feira, 19 de junho de 2007
Talvez um dia
Talvez um dia.
Não tarde, nem demasiadamente cedo, apenas na hora certa.
Talvez um dia, deixe de ter esta mania irritante de escrever palavras que nem sei o que são.
Talvez um dia perceba, que amontoados de papel em caixas de cartão não transformam, nem revolucionam.
Talvez um dia descubra que o que escrevo, não é mais do que aquilo que já não sei dizer.
Não são memórias, nem trajectos, tampouco diários duma vida contados ao segundo. São gritos, suspiros, muralhas talvez...
Peças do puzzle, que se tornou grande e confuso...e eu nem sequer tenho muito jeito para o montar. Rascunhos dos meus medos, das minhas aspirações, das avenidas perdidas, dos livros fechados, que penso nunca mais voltar abrir.
Por agora, vou caminhar e talvez um dia, quando tudo me parecer gasto e cansado, queime as palavras, junto com o cartão, e renasça tudo...para depois voar em pequeninos passos.
Não tarde, nem demasiadamente cedo, apenas na hora certa.
Talvez um dia, deixe de ter esta mania irritante de escrever palavras que nem sei o que são.
Talvez um dia perceba, que amontoados de papel em caixas de cartão não transformam, nem revolucionam.
Talvez um dia descubra que o que escrevo, não é mais do que aquilo que já não sei dizer.
Não são memórias, nem trajectos, tampouco diários duma vida contados ao segundo. São gritos, suspiros, muralhas talvez...
Peças do puzzle, que se tornou grande e confuso...e eu nem sequer tenho muito jeito para o montar. Rascunhos dos meus medos, das minhas aspirações, das avenidas perdidas, dos livros fechados, que penso nunca mais voltar abrir.
Por agora, vou caminhar e talvez um dia, quando tudo me parecer gasto e cansado, queime as palavras, junto com o cartão, e renasça tudo...para depois voar em pequeninos passos.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
A luz às vezes...
Gostava de contar as estrelas, uma a uma como se fossem de tabuada. Multiplicava cada pontinho luminoso, à espera que uma lhe caisse nas mãos, resultado de qualquer desejo concluido. Como aqueles que se vendem em frascos, só com a diferença deste ser real e verdadeiro. E assim passava as noites...a sonhar acordada, a imaginar viver num qualquer mundo de jornal, mas onde tudo permanecia limpo. As palavras eram revistas, corrigidas e só depois faladas. E tudo isto passava pela sua cabeça. Mas nenhuma estrela caía. Pareciam todas demasiado coladas à tela azul, como se fossem pintadas, cada uma com tinta impossivel de apagar.
- Gostava de traze-las para baixo - sussurava baixinho.
Um dia, quando a esperança recuava, uma estrela caiu, pousou tal qual uma borboleta nas suas pequeninas mãos...vinha a sorrir e sussurrou-lhe ainda mais baixinho do que ela costumava fazer:
- Comer uma estrela...como se fosse de goma, como se fosse de doce e ficar cheia de luz por dentro.
Ela não percebeu, e como achou que comer uma estrela, aquela por quem tanto tinha esperado, não era de todo uma boa ideia e atirou-a novamente contra a tela azul. Assim que o fez deu-se uma explosão de cor. E de repente milhões de estrelas cairam, por todo o lado. Parecia neve, mas brilhante, muito brilhante.
E ela, ficou ali rendida ao espectaculo da luz.
Adormeceu...por entre as estrelas caídas...quando acordou, percebeu que tudo tinha sido um sonho...mas os seus frascos...estavam cheios!
- Gostava de traze-las para baixo - sussurava baixinho.
Um dia, quando a esperança recuava, uma estrela caiu, pousou tal qual uma borboleta nas suas pequeninas mãos...vinha a sorrir e sussurrou-lhe ainda mais baixinho do que ela costumava fazer:
- Comer uma estrela...como se fosse de goma, como se fosse de doce e ficar cheia de luz por dentro.
Ela não percebeu, e como achou que comer uma estrela, aquela por quem tanto tinha esperado, não era de todo uma boa ideia e atirou-a novamente contra a tela azul. Assim que o fez deu-se uma explosão de cor. E de repente milhões de estrelas cairam, por todo o lado. Parecia neve, mas brilhante, muito brilhante.
E ela, ficou ali rendida ao espectaculo da luz.
Adormeceu...por entre as estrelas caídas...quando acordou, percebeu que tudo tinha sido um sonho...mas os seus frascos...estavam cheios!
sábado, 16 de junho de 2007
Paz global
Na verdade, as palavras do Sr.Eco...ficaram-me na cabeça, também é no que dão as minhas aventuras literárias.
Diz o estimado Sr. que "Todo o trabalho que fazemos em prol da redução dos conflitos locais, vai-nos dando a esperança que um dia os conflitos globais também se vão resolver. É outra pia ilusão, mas às vezes é preciso sabermos mentir através dos exemplos. Mente mal quem mente com palavras, mas mentem bem aqueles, que através das suas acções, levam os outros a acreditar que também podem contribuir para uma causa - mesmo que esta mentira implique a ilusão de que uma preposição particular (alguns q fazem p) se pode necessariamente transformar numa preposição universal (todos os p fazem q)."
Algum sentido penso eu nestas palavras... confesso que me deixam mais um pouco desmoralizada... não é que já não soubesse o que se passa nesta bola tão pouco redonda, onde acordamos todos os dias mas...
O melhor... é continuarmos nos "alguns q fazem p", e que alguns q sejamos nós.
Diz o estimado Sr. que "Todo o trabalho que fazemos em prol da redução dos conflitos locais, vai-nos dando a esperança que um dia os conflitos globais também se vão resolver. É outra pia ilusão, mas às vezes é preciso sabermos mentir através dos exemplos. Mente mal quem mente com palavras, mas mentem bem aqueles, que através das suas acções, levam os outros a acreditar que também podem contribuir para uma causa - mesmo que esta mentira implique a ilusão de que uma preposição particular (alguns q fazem p) se pode necessariamente transformar numa preposição universal (todos os p fazem q)."
Algum sentido penso eu nestas palavras... confesso que me deixam mais um pouco desmoralizada... não é que já não soubesse o que se passa nesta bola tão pouco redonda, onde acordamos todos os dias mas...
O melhor... é continuarmos nos "alguns q fazem p", e que alguns q sejamos nós.
sexta-feira, 15 de junho de 2007
domingo, 10 de junho de 2007
Nevoeiro
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer
-Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
É triste quando percebemos, que se Portugal em Pessoa era nevoeiro, continua a sê-lo, mas este nevoeiro cada vez mais cerrado, e torna-se impossivel visualizar um futuro.
E o problema continua a ser o mesmo, ninguem sabe que coisa quer...e porque? Porque se aceita a lei do conformismo...e porque todos se queixam mas ninguém faz nada, e em coisas simples da vida, tudo se aceita, e só depois se discute o que está mal...
Hoje é mais uma vez dia de Portugal...e o que se faz?? Recordar o passado glorioso de um povo que já morreu...E continuamos a viver de memórias.
É a hora!!! É pena é Portugal ter perdido todos os relógios.
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer
-Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
É triste quando percebemos, que se Portugal em Pessoa era nevoeiro, continua a sê-lo, mas este nevoeiro cada vez mais cerrado, e torna-se impossivel visualizar um futuro.
E o problema continua a ser o mesmo, ninguem sabe que coisa quer...e porque? Porque se aceita a lei do conformismo...e porque todos se queixam mas ninguém faz nada, e em coisas simples da vida, tudo se aceita, e só depois se discute o que está mal...
Hoje é mais uma vez dia de Portugal...e o que se faz?? Recordar o passado glorioso de um povo que já morreu...E continuamos a viver de memórias.
É a hora!!! É pena é Portugal ter perdido todos os relógios.
quinta-feira, 7 de junho de 2007
Chave do Jogo
Era a chave do jogo...pequenina, mas preciosa, mas depois vieram os senhores do poder e arrombaram as portas. Só se ouviam gritos de mulheres, choros de crianças. Os homens...calados...nas sombras. Os seus movimentos eram quase silencio. Mas eles ouviam...e nem a dor, o pânico, os faziam reagir. O medo...e de quê? De se perderam... de deixarem de ser os tais filhos do céu. A chave continua guardada, mas as portas ficaram eternamente amontoadas como lixo. Só ruínas...E ninguém se lembra de fazer obras, ninguem pensa em erguer as paredes...e desta vez entrar pela porta da frente, usando a chave.
A vida é um jogo... e como todos os jogos...é preciso reagir e não ficar parado...senão arriscamo-nos a ser marionetas...meras peças no tabuleiro...
Welcome to Portugal!!! ACORDEM
A vida é um jogo... e como todos os jogos...é preciso reagir e não ficar parado...senão arriscamo-nos a ser marionetas...meras peças no tabuleiro...
Welcome to Portugal!!! ACORDEM
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