Vamos matar o tempo. Desfaze-lo por dentro e atirá-lo daquela janela verde, ao pé da noite.
E depois, quando já não houverem horas, nem segundos, vem sentar-te ao pé de mim.
Conta-me coisas... perde-te nos sonhos e divaga como costumas fazer. Vou ouvir-te com atenção, como se fosse a primeira vez, como se sorrisses por entre as sílabas.
Conta-me a vida... como ardem as estrelas , porque quase chove...porque há dias cinzentos, em que não conseguimos ver o lado claro... conta-me coisas. Coisas minhas, coisas tuas, coisas dos que são maiores que nós, dos que vivem atrás dos sorrisos discretos da madrugada. Conta-me porque escrevo, porque existem labirintos, paredes, mãos estendidas, com medo de agarrar.
Conta-me coisas...nunca deixes de contar...
Porque o céu são palavras...
Muito juntas...apertadas...
É paisagem para olhar...Nas noites em que não tenho lugar...
E agora que já não há tempo...deixa-te ficar...
terça-feira, 17 de julho de 2007
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1 comentário:
Contarr coisas pode serr bom. Eu gosto de contarr coisas sabias? Contarr como se mais nada existisse... Só contarr enquanto se vêm os ultimos restos de tempo a desaparecer entre as palavras. Contarr...
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