segunda-feira, 21 de julho de 2008

mataram a criança..

Sorte quente, sorte longe...
Contornos de gente que rebola
Salta e desafina e cai.
Já não canta... desiste
Rodopia entre os corpos e expira.

Expira a vida, respira o mofo
Abraça a morte, encontra o espaço.
Já não retorna...renasceu
Contorce.se em dor e sorri.

Riso fundo, riso triste... riso morto...

Cresci!

Puzzle

Ontem disseram.me que estava apaixonada. Logo eu que sempre pensei que se me apaixonasse seria a primeira a saber. Disseram.me que se não sabia era porque não conseguia ver o óbvio. Porque se notava na minha cara, porque falava de ti como se fosses a peça que falta no meu puzzle. Mas como quem me conhece sabe, eu não gosto de puzzles, acho.os tremendamente aborrecidos, embora admire muito a paciencia de quem os monta. Talvez por isso não perceba que isso das peças pode ser na vida e que guardas contigo as que me faltam. Talvez um dia, numa tarde quente como a de hoje eu decida virar todas as peças para cima e tudo comece a fazer sentido.

Mas hoje está demasiado calor...
E a liberdade sabe melhor.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

"Amor Fon Fon Fon"

Mais uma página, mais uma página enquanto puxas de mais um cigarro.

- Não há muito que ler aqui...- sussuras entre dentes na esperança que alguém te ouça.

Sabes que o livro está em branco, conheces de cor as folhas mortas de palavras. Mas continuas, uma página, depois outra, até que chegas ao fim.
Novo dia...Recomeças...
Até que chega a hora, em que o tempo já te roubou todo o tempo, levantas.te da cadeira de rodas, corres, abres a porta, rasgas as folhas, e mostras a todos que o louco que vive numa cadeira de rodas, que le o mesmo livro sem palavras todos os dias é bem mais que isso.

Louco?

Efectivamente!!

Com todo direito a se-lo!!!

"- Que se lixe o romantismo!"