terça-feira, 25 de março de 2008

Livros velhos

E o sono não vem.... Ouço ao fundo ainda o saxofone e as vozes abafadas por entre as cordas... uma delas já partida. Tanto espaço... tão pouca dimensão, a ilusão óptica remete.se para universalidade do som e somos juntos. Mas como às vezes sabe bem ser sozinho o melhor é fugir. Um fugir sem correr, como se delicadamente deslizassemos para um lado que não o de dentro. Mas depois enquanto sorrateiramente nos despedimos sem o fazer, novos vultos, novos fantasmas, menos medo é certo, mas permanecem os efeitos, não da poesia mas dos livros velhos que pensava deixar de ler. Depois como se não bastassem os sismos interiores, cai.nos o mundo em cima como se fossemos herois, mas como não somos, acabamos esborrachados contra o céu, a pensar que o céu parecia uma coisa bem mais confortável quando visto de longe. Mas de perto é tão escuro que não se ve nada... as estrelas.. essas são tao claras que cegam e de repente desejamos não ver a luz... e agora? O melhor mesm era adormecer... mas o sono ganhou vida e teima em não vir....

domingo, 16 de março de 2008

Mãos que sujam

Como plasticina...
Branca.... Abre as mãos e rodopia...
Estica, mas não parte, envolve, toma forma,
Quase perfeita quase nua, quase só...

Contorce e cria... anula o espaço e desconcentra,
Remove o excesso e quase... mas não...

Enrola de novo... bolinha pequenina... quase branca...
Molda, aperta, define as formas e sorri.
Está pronta... perfeita!!

Já não é branca...