quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

molly dança

molly dança. Em compasso desajeitado e quase cego. Pé ante pé, descansa o tempo e desliza de novo. Cai a canção. molly para! Estática... sorri mesmo sem ver e desmaia. molly dança, quase perfeita, quase flutuando ao som dos sonhos que rasgou do fio do novelo de manhã. molly desenha.se entre o vento que voltou só para soprar a luz de dentro do peso que sobrou do gesto.
molly dança, so para se ver... so para contar as estrelas que pairam nos seus olhos pequeninos de criança. molly esquece... esquece e voa... abre a janela e pinta os castelos de cor de passos quentes e delicados que se ouvem quando as manhas são claras e sem nevoeiro
molly dança... dança hoje... dança sempre como se fosse de dentro para fora, como se ganhasse ao perder, como se sentisse o aroma da canela no ar e os pássaros nas mãos.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Queria

Queria que hoje não estivesse nevoeiro. Queria ver os velhos nos cafés, os putos nas esquinas e as donas de casa às janelas à espera de passar a proxima vitima.
Queria que estivesse tudo normal... mas não está. Mata.me por dentro esse silêncio, desfaz.me em pedaçinhos pequeninos de raiva que o não é... talvez um dia voltemos a rir de tudo isto talvez acordes primeiro e me procures... talvez... mas enquanto isso...

Só queria que o azul me entrasse pelos olhos... para ver apenas céu...